Valdigem


Curiosidades:

Hino de Valdigem (letra):

Situada entre montanhas
Cercada de penedias
Fica a nossa linda terra
Valdigem de maravilhas.

O povoado não é pequeno
Mas de honrados lavradores
Que desde o Cabo à Praça
Todos merecem louvores.

Ao cimo o São Domingos
Protector dos nossos lares
A quem todos recorremos
Com preces e muitos salutares.

E a Senhora da Ajuda
No centro da nossa terra
Para quem vai todo o afecto
Que o nosso coração encerra.

Sinto orgulho de ser filho
Deste formoso torrão
Tão bonito tão bonito
Que eu guardo no meu coração.

Eu adoro a minha terra
Não como coisa mesquinha
Eu adoro a minha terra
Porque é minha muito minha.


Lendas do Monte de S. Domingos



 FRAGA DA FERTILIDADE

     D. Afonso V, terá visitado a ermida na companhia de sua esposa Dona Isabel em 1454, e terão dormido ao relento sobre uma fraga situada junto á capela de S. Domingos e ficaram crentes que tal facto lhes proporcionou a fecundação de um filho que à longo tempo esperavam, viria a nascer, D.João.
     Mais tarde D. João casou-se com D. Leonor e tambem não conseguiam ter filhos, D. Afonso V falou da ermida e da fraga a seu filho.
    D. João e D. Leonor deslocaram-se a S. Domingos procurando ajuda divina para que lhes fosse concedido um sucessor, repetiu-se o ritual  e com igual resultado. 
     Voltaram a S. Domingos uma segunda vez em finais de 1483, já com o seu filho varão, o príncipe D. Afonso, nascido a 18 de Maio de 1475.  Desde então é atribuído a S. Domingos e particularmente á fraga, poderes de procriação.
    Diz-se que D. João como agradecimento, mandou restaurar a capela e reproduzir sobre a porta principal o seu escudo.


A  MINA"
A meio da serra existe uma profunda fenda, num descomunal penedo, a que chamam “a Mina”. Segundo o que ouvi contar na minha infância, no fundo dela, deixados pelos mouros, estão três grandes potes, o primeiro cheio de mosquitos, o seguinte atulhado de peste e o último a abarrotar de ouro, para ter acesso a este, é necessário afrontar o mortal conteúdo dos que o precedem; claro está que nunca ninguém o conseguiu até agora. Verifiquei na minha juventude, em conjunto com alguns amigos,  que na extremidade da “Mina” não havia qualquer vestígio de seguimento. É provável que tenha sido nela que teve origem a lenda da existência duma galeria subterrânea ligando o monte de S. Domingos ao rio Varosa, para defesa dos primitivos povos que por ali paravam. Sobre esta “Mina”, acrescentou a imaginação popular a versão que ouvi em rapaz, a qual dizia que ela liga directamente os altares da capela de S. Domingos e o da igreja de Nossa Senhora dos Remédios em Lamego.





DEFESA DE HONRA
Quando por aqui passaram as hostes romanas de Trajano que acamparam no Castro de S. Domingos, um chefe militar ou lugar-tenente raptou, à passagem por Queimada, uma linda rapariga por quem se apaixonou. Procurou convencê-la a segui-lo para o acampamento. Renitente, acabou por ir à força. A moça tinha sete irmãos que tentaram, em vão, defender a honra da rapariga. Presos, foram degolados. Um deles, segundo a lenda, terá sido o primitivo S. Domingos em honra do qual foi erguida a ermida, no alto do monte do mesmo nome que na altura pertencia ao termo de Queimada, e de onde se avistam os restantes seis irmãos, todos santos e cada um com a sua ermida, aquém e além Douro, como é o caso de S. Leonardo de Galafura.



A LENDA DE S. DOMINGOS

“Lá no alto de S. Domingos, vês, lá bem no alto, existem umas ruínas que ainda se podem ver, de uma capelinha que foi erguida há muitos anos a S. Domingos”.
Quem Era S. Domingos?
S. Domingos era um moleiro que vivia na montanha onde moía o trigo e o centeio para fazer farinha. Raramente descia ao povoado. Só o fazendo esporadicamente e em dias especiais. Dormia e vivia no local onde hoje se podem ainda ver as ruínas de uma capela. Era um homem que todos consideravam santos pela sua bondade para com homens e animais.
Após a sua morte, o povo reconhecido pela grande humanidade do moleiro, ali ergueu uma capela de seixos em sua honra. No interior colocaram uma imagem do homem que seria venerado durante muitos anos.
Sendo muito famosos os seus milagres, logo despertou a cobiça de outras localidades próximas que por várias vezes roubaram a imagem, levando-a para outra localidade das redondezas.
O Santo era roubado de noite e durante o dia não se encontrava na sua morada no monte de S. Domingos mas na noite seguinte, a imagem regressava à casa onde dormia, deixando defraudada a esperança dos ladrões.
Esta tentativa de roubo aconteceu várias vezes mas de todas elas, o santo regressava.
Certo dia porem, quem roubou a imagem, destruiu também a capela e desta vez, com a casa onde vivia destruída, o Santo não regressou.
Foi desta forma que o pacato povo desta pequena aldeia transmontana perdeu o seu santo para sempre.
Esta lenda é contada entre os habitantes num misto de saudade e tristeza pelo desaparecimento do santo que consideram seu.



4 comentários:

  1. Hino lindo, que apesar de habitante desta terra só tive conhecimento deste no dia do Jogo no campo da bola, quando cantado pelo Sr. António Lima.

    Acredito que ainda haja muito mais histórias, tradições sobre esta nossa terra que os jovens não conhecem, e que espero que este blog e grupo possa ajudar a contrariar este facto.

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  2. VALDIGENSES:melhor hino do do mundo...valdigem capital do mundo...

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  3. melhor hino do mundo...ou nao fosse valdigem capital do mundo....

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  4. Sejam mais originais nas vossas publicações!!! ou com inteira justiça mencionem os devidos autores, seria uma mais valia para a associação.

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